26 de dez. de 2008

Tem cachimbo no meu jardim




Final do ano. Não me atrevo a fazer retrospectiva de 2008, pois acho que a única coisa que vivi com muita intensidade foi o meu trabalho. Certamente meu ponto de vista não abrangeria acontecimentos, mesmo que os considere importantíssimos. O mais latente para mim, e os mais chegados já cansaram de me ouvir comentar sobre isso, é o absurdo do tráfico de drogas, o crescimento do consumo de crack. Faço questão de comentar sobre isso. Acho sim que o consumo de drogas - de crack - tem que ser tratado como uma epidemia. Epidemia de traficantes vagabundos, que fazem da droga seu ganha-pão, sua labuta. Que utilizam vapores de 6, 7 anos de idade. Que espalham podridão pelo mundo através de pedras baratas. Que aceitam até porta de casas como moeda de troca por pedra. Que aceitam fraldas descartáveis como financiamento. A venda chegou até a janela do meu quarto. Tem cachimbo no meu jardim. Tem noção?
Segundo o blog Contexto Social, nos últimos três anos, o Rio Grande do Sul viveu um boom no consumo. O problema deixou de ser social e de segurança para tornar-se de saúde pública. Internação no Hospital São Pedro de guri de 09 anos por dependência de crack. O guri fumou com a mãe. Que que vai ser desse piá? Necessidade evidente de abertura de mais leitos para a desintoxicação de dependente químicos. Só não vale acorrentá-los ao pé da cama.


Que 2009 seja simplesmente livre...