A exuberante baía de Auckland tem uma particularidade especial. Para passear de um lado ao outro da ilha, nada de carro, moto, ônibus ou metrô. O principal meio de transporte se dá pelo mar, que é bastante enfeitado com o colorido das velas dos barcos de diversas nacionalidades.
Os moradores locais são apaixonadíssimos por navegação. Daí o apelido de “Cidade das Velas”, que concentra o maior número de barcos per capita no mundo. Ou seja, em Auckland,há em média um barco para cada quatro habitantes. Isso significa que as embarcações fluviais superam a quantidade de carros em circulação nas vias da região.
Nas marinas de Manaku e de Waite Mata, é possível apreciar todo tipo de barco. De lanchas e veleiros esportivos a iates dignos de reis. Nesses redutos, espalham-se lojas, bares, restaurantes e suvenirs temáticos do universo da vela. Saiba que velejar não é privilégio só de rico. Da movimentada avenida beira-mar Waterfront, o turista tem a oportunidade de dar uma volta de duas horas a bordo de um veleiro de competição, ou até embarcar em um barco-táxi para cortar caminho ou visitar as ilhas vizinhas.
Para fortalecer ainda mais sua fama náutica, a cidade também é sede da regata mundial America’s Cup. Todo ano, veleiros de inúmeros países disputam vento a vento o título do principal campeonato do gênero. O iatismo é um dos esportes mais populares do país e recebe até incentivo do governo para manter a tradição em formar jovens velejadores.
Todo o amor dos aucklanders pelos barcos a vela talvez se explique pela própria origem do lugar, há centenas de anos. Pode ser uma herança dos povos nativos, os maoris, que foram os primeiros habitantes da Nova Zelândia e lá desembarcaram em frágeis canoas vindos de ilhas da Polinésia. Na “Cidade das Velas”, o Museu Marítimo Nacional conta essa e outras histórias imperdíveis dos mares e seus primeiros navegadores.