23 de jan. de 2012

Ouvi dizer que...


Venho de um mês inteirinho de férias, um ótimo mochilão pela Alemanha. Encerrei um ano bem sucedido no trabalho e parti para a Europa com a cabeça erguida, perante o cumprimento de minhas metas pessoais e de meu progresso no fabuloso 2011.


Melhor que as perspectivas que me aguardavam foram mesmo os dias que passei por lá, na companhia de pessoas queridas, interessantes e atenciosas. Me sinto privilegiada também em afirmar que, melhor que os dias que se sucederam nas cidades que visitei, foram os amigos que reencontrei no meu retorno.

Para me fazer compreender: sempre procurei ser agregadora no dia-a-dia dos que comigo convivem; não me agrada a ideia de ser reconhecida como "garota enxaqueca", especialmente em ambiente profissional. E este post é totalmente voltado a este assunto. Não faz parte de mim aquele posicionamento quadrado de separar lado profissional e lado pessoal, até porque os profissionais são pessoas. Como separar uma coisa da outra? Por isso, em ambiente corporativo, faço sim amigos utilizando isso em meu favor.

Deixei bons e velhos nas empresas por onde passei e, sem jamais perdê-los na contagem dos meus dias, vou em busca de novos. Foi exatamente uma vitória assim que pude constatar no meu retorno ao trabalho, no último dia 11. Deparei-me com um comentário que me deixou em estado de êxtase incontestável. Um dos grandes amigos que fiz - talvez o melhor de todos - disse-me com um sorriso tímido no rosto: "Paula, foi uma alegria para mim ouvir falarem bem de ti enquanto estiveste de férias. Em nenhum momento teu nome foi usado para reclamações. Pelo contrário, fizeste falta a muita gente". Se eu estivesse de frente para o espelho, tenho certeza de que veria meu rosto iluminar-se diante de um comentário tão gratificante. Meu propósito de agregar amigos no meu cotidiano estava se cumprindo gloriosamente. Pergunto, isso tem preço? Certamente, eu não saberia quantificar a riqueza deste sentimento.

De lá pra cá, busco intensificar as palavras doces em detrimento das sórdidas; tento incessantemente disparar discursos de cooperação em vez de demonstrar pedras na mão. Não somente por caracterizar a pré-disposição do trabalho em grupo, mas por realmente permitir que seja aflorada minha personalidade sedenta das pessoas maravilhosas que ainda estão por cruzar o meu caminho.

Torço permanentemente para que situações como essa transbordem em minha vida. Deixo que esse excesso de sentimentos bons me invada e me leve consigo, como um prenúncio de prosperidade nos meses deste ano novinho em folha que começou tão bem.

^^

14 de jan. de 2012

Esse meu resfriado é tristeza. É o meu coração que chora. Ele chora tão profundamente que não consegue acalmar-se nem para abrir-se. Cada lágrima que dele escorre é um pensamento triste que se perde em minha alma...