30 de dez. de 2013

Em 2013, virei mulher.

Chegou o momento de fazer o textinho de final de ano para postar nas redes sociais contando quantas vezes sorrimos, choramos, tomamos banho, passamos na mesma rua, torcemos o pé, pegamos resfriado. Então, eu também quero publicar o meu texto, mas para exaltar a singularidade que 2013 foi para mim.

Este foi o primeiro ano para o qual eu não tracei metas, e curiosamente realizei muito mais feitos do que em minha vida inteira. Em 2013, virei mulher. Isso mesmo, virei mulher. 

Eu jamais havia precisado dividir meu salário com ninguém, tampouco contribuir com as despesas de casa. Neste ano, assumi minhas próprias contas, tributos e taxas do governo dos quais sempre ouvi meu pai reclamar. E também entendi o quanto ele ficava puto com a inflação, reajustes de índices de toda a natureza e porcentagens que só fazem subir.

E por falar em pai, finalmente tive minha independência em 2013. Larguei de vez a barra da calça dele. Não foi exatamente como eu havia imaginado, mas foi um grande passo para mim, em milhares de sentidos. 

Neste ano, fiz um pacto com o amor. Considerando que, em 2012, eu já havia tatuado uma certa pessoinha em meu coração, em 2013, floreei ainda mais o nome dele dentro do meu peito, para que a beleza dessa arte fizesse transbordar tudo que há de melhor em mim, e nunca o fizesse ir embora. E o mais legal disso tudo é que assumimos juntos nossas próprias contas, tributos e taxas do governo, e juntos passamos a ficar putos com a inflação e o reajuste de índices de toda a natureza.

Virei uma mulher que aprendeu a ouvir verdades boas e ruins, mentiras deslavadas e procrastinadoras, argumentos bem construídos ou baboseiras completamente desmedidas. E também virei uma mulher que escolhe o seu destino, doa a quem doer, e mesmo que doa a esta própria. 

Virei mulher de conseguir manter uma casa limpa e arrumada; de trabalhar fora e dar o máximo de si; de amar gatinhos (sério, nunca pensei que eu pudesse gostar de gatos!!!); de ser a namorada, a amante, a mãe e a companheira; de sonhar com o futuro distante e de planejar dia após dia; de ser a eterna contradição em pessoa; de aspirar próximas viagens pelo mundo; de não ficar só na vontade; de abrir o coração para novas amizades; de parar de me preocupar com a cabeça-durice dos outros; de prestar mais atenção em minha própria cabeça-durice; de idealizar e concretizar.

Neste ano, virei mulher de verdade. Antes tarde do que nunca, é bem verdade... E fui feliz como nem sabia que poderia ser. Que venha 2014 cheio de aventuras e desafios (tá, os desafios financeiros eu dispenso). Estou ansiosa para fazer acontecer tudo outra vez!  ;)

Abraço!