25 de fev. de 2010

Bem-vindos ao fim do mundo


Hoje cheguei em casa a tempo de assistir ao Rio Grande Record, típico telejornal do qual pinga sangue da tela da TV toda vez que vai ao ar. Ao mesmo tempo, a cada barbaridade que noticia, sinto-me “protegida” pela sensação de que há poucas coisas no mundo que eu ainda não tenha ouvido falar. Na previsão do tempo, uma promessa da meteorologia: seremos contemplados com mais alguns dias de temperaturas amenas. “Graças ao Pai!”, eu amo o frio. A mulher do tempo anuncia que a sexta-feira amanhecerá com 6°C e a máxima não ultrapassará de 15° da escala Celsius na cidade de Bom Jesus/RS. Bah, não vi mais nada na minha frente. O sangue me subiu à cabeça e eu já comecei a viajar no próximo post do meu blog.
Eu só pensava nisso. É o fim dos tempos, o famoso Apocalipse de que tanto ouvi falar quando estudava em colégio de freiras. Onde é que já se viu uma coisa dessas? 6°C em pleno fevereiro, e no Rio Grande do Sul? O que está acontecendo com o mundo? Onde foram parar aquelas temperaturas detestáveis de verão que ficam cada vez piores até meados de abril? Taí, meados de abril... Outono... Hum, tem alguma coisa errada. E já faz bastante tempo.
Uma breve retrospectiva dos desastres pelos quais o nosso planeta passou em 2009 (por enquanto, vamos considerar apenas o ano passado): de acordo com o Info.abril, o mundo sofreu neste ano o menor número de desastres naturais em uma década, leia-se 245. Destes, 224 foram relacionados com o clima e causaram cerca de 7.000 das 8.900 mortes. A cada dia, abrimos o jornal e nos deparamos com inúmeras matérias sobre desastres que castigam o mundo e tudo que habita sobre e dentro dele:
- o tsunami de 2004, com 150.000 vítimas;
- terremotos na Indonésia, em L’Aquilla, no Haiti;
- ondas de calor na Europa;
- neve que não pára mais no Hemisfério Norte, que aproximou a zero a temperatura na tórrida Flórida no último Natal;
- ciclone em Taiwan;
- chuvarada na Ilha da Madeira.
Para falar de um universo mais próximo do meu dia-a-dia:
- chuvas e enchentes no RS, SC, SP, ES e outros;
- decorrentes barragens rompidas do Chuí ao Piauí;
- desmoronamento em Angra dos Reis;
- tremor em São Paulo.
Estou prendendo-me somente a desastres naturais? Ah, não seja por isso! A humanidade não está mais ameaçada somente pela “Peste Negra”, não. Agora, o negócio é mais embaixo: gravíssimos problemas de saúde pública estão levando milhões à morte.
- Gripe A;
- Dengue;
- o tifo, que vem de brinde com a chuvarada;
- a tuberculose que, apesar dos antibióticos, ainda matam oito milhões de pessoas/ano.
E por aí vai. É lamentável que tenhamos que presenciar tal nível de degradação do ambiente e de nós mesmos, já que somos parte dele. Permitimo-nos chegar a este ponto e, ainda assim, eu, por exemplo, continuo a rir quando leio que os paíse mais poluidores recusam-se a assinar o Protocolo de Kyoto. O que efetivamente faria a diferença a essas alturas do campeonato?


Abraço e até a próxima, se o mundo não acabar antes disso.

17 de fev. de 2010

Ninguém merece!


Um brinde às pedras soltas em todas as calçadas esfarrapadas do Centro de Porto Alegre. Elas fazem a alegria dos pobres deficientes visuais, dos velhinhos com dificuldade de locomoção e das moçoilas que andam de salto para lá e para cá.

Ô, saco!

11 de fev. de 2010

Ligeiro desabafo

É engraçado como a gente batalha para ser cada dia melhor, em todos os sentidos, e acaba caindo um baita tombo quando se dá conta de que as coisas sempre ficam na mesma. Na verdade, a impressão que dá é de que elas estão e vão continuar na mesma para sempre.
Entendo que, à medida em que a gente se especializa, abraça uma causa, toma para si um desafio e vai em busca de dar conta dele, não pode mais se contentar com tapinha nas costas ou com elogios esporádicos. Não! Chega disso! Estou num momento de construção profissional e pessoal, num momento de contar com o mundo para fazer a minha história. O problema é que o mundo não dá conta nem de cuidar dele mesmo, que dirá de dar um empurrãozinho para que as coisas saiam como eu planejo para o meu fututo.
Ok, ok, não vivo num morango, não posso querer que tudo dê sempre certo, mas não é possível que sempre dê errado, francamente!... Qual é o caminho do reconhecimento? Ou melhor: qual é o caminho do reconhecimento financeiro? De nada adianta ouvir "parabéns" por um trabalho bem realizado se no fim do mês as contas "dão um alô". Nesse momento, não são os elogios que as pagam.
Ufa, apenas desabafo aqui, já que ninguém lê mesmo...

Abraço!

9 de fev. de 2010