27 de mai. de 2009

Indíos em Porto Alegre


No início do ano de 2007, li uma matéria no Correio do Povo que cobrava das autoridades municipais um posicionamento as condições da população indígena que acumulava-se consideravelmente no Centro de Porto Alegre. Isso no início daquele ano.
Hoje li sobre uma reunião entre a prefeitura, a Câmara Municipal e representantes dos três povos indígenas que vivem na Capital (guarani, kaingang e charrua). As reivindicações, basicamente focadas em educação, saúde, habitação e sustentabilidade, serão analisadas para concorrerem ao status de "políticas públicas". Tu acredita que a coordenadora do Núcleo de Políticas Públicas para os Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU), antropóloga Ana Elisa Freitas, chegou a apresentar alternativas de sustentabilidade no que se refere ao livre acesso às florestas e campos de seus territórios? É de chorar, né?
Já que eles não têm moradia, nem vão à escola, apenas conseguem acesso à condições de sobrevida, o ideal mesmo é que voltem às florestas. Será que é isso que ela quis dizer?
Trabalho no Centro de Porto Alegre e todos os dias me deparo com uma família que tem ponto fixo na porta do Café. Uma jovem mãe com três crianças, a mais nova de colo e a mais velha deve beirar os oito anos. Pedem esmola para quem passa rápido para tomar um expresso com pão de queijo. Ontem ela estava falando no celular. Ei, peraí, pára tudo: celular??? Como assim, estava falando no celular? Quer dizer que as crianças medigam desde cedo para abastecer de crédito o telefone?
Já não sei mais onde foi parar a minha indignação. Será que miro no poder público, que faz descaso com os pobres índios da Capital gaúcha ou se condeno a indiazinha, que certamente precisa do 5120 para ampliar a sua carteira de clientes na comercialização de seu artesanato?

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